Depois de abandonar conscientemente esse meu mirrado blog por pouco mais de um mês, eu volto, no meio do turbilhão da correria desses dias.
Não sei bem por que fico tanto tempo sem escrever. Acho que é um pouco meu jeito de ir fazendo as coisas (tantas) de trabalho, militância política e tudo mais e esquecer de fazer as minhas coisas. As pessoas me pedem, me usam, me ocupam... Veja bem, isso não é uma queixa, é uma constatação. Eu gosto de fazer as coisas que eu faço e gosto de fazer elas para a maioria das pessoas para quem as faço. Como diria o Mike Stipe, “that’s me in the corner, that’s me in the spotlight”, só que eu não perco minha religião... não por pouco.
Bueno, estava no Português (Beija Flor) no fim de tarde de ontem tomando uma com o Infla quando surgiu o Miran. Figura única que está no Paraná há décadas mas é oriundo do nordeste (acho que Pernambuco) e canta, compõe, escreve e sobrevive nas horas vagas.
Vagas.
Como de costume, me vendeu um livro (o mesmo que já comprei e continuarei comprando diversas vezes), bebeu cerveja, comeu um pernil e fez a gente rir muito.
Ele tinha perdido o ônibus para sua morada na borda da serra, em Quatro Barras, então foi ficando, bebendo, comendo e vendendo seus livros. E nós nos divertimos.
Daí levei ele para dormir na minha casa. A Ju fez yakissoba e nós comemos. Ouvimos João do Vale. Ele cantou e tocou.
Hoje de manhã ele acordou animado. Tocou mais, cantou e tomou café que a Ju fez.
Saímos de carro e ele foi cantando, mostrando suas canções que são simples e belas.
Em que mundo nós vivemos?
Como disse o Thadeu Wojciechowski, por ocasião de lançar um livro: “é melhor que nada”. É sim! É melhor que nada, e isso não é pouco!
Hoje é dia do poeta. Um dia eu quis ser um, mas faz tempo. Parabéns.
Um comentário:
olá sou fã do miran ma a mais de 15 qnos perdi um lp dele e nunca mais consegui escutar suas musicas gostaria de saber se vç sabe como faço para entrar em contato com ele desde já agradeço Marcelo Pereira Borges marcelopbor@ibest.com.br
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