Texto publicado em diversos jornais no dia 14/11/13
Me lembro do meu pai treinando seu francês para o discurso que faria em saudação ao Albert Camus, que estava no Brasil e visitaria Porto Alegre. Era “Camus” com final “mus” como em “músculo” ou “Cami”?
Eu só sabia que era um francês importante. Depois ele falou mal da sua visita. Nunca ficou claro o que o desagradara tanto no Brasil. Seu desgosto foi com todo o país, não só com Porto Alegre. O que pelo menos livrou a pronúncia do meu pai.
Antes de ler qualquer coisa do Camus, eu já sabia da vida dele, instigado por aquela sua visita à minha cidade quando eu tinha 13 anos. Sua infância na Argélia, sua atuação na resistência durante a ocupação nazista da França, e — o que mais me interessava — o fato de ele ter sido goleiro na juventude.
Mais tarde, quando comecei a ler sua obra, me interessei pelo mito inteiro. Sua definição do absurdo da existência na figura de Sísifo, sua posição ambígua diante da guerra de independência da Argélia, seus desentendimentos com Sartre, seu Prêmio Nobel (que Sartre também ganhou, mas se recusou a receber) e sua crescente reputação entre os intelectuais da época como alternativa para o engajamento radical do Sartre, e entre as leitoras da época como a personificação do escritor enquanto galã.
Este ano comemora-se o centenário do nascimento de Camus, cujo nome e cuja influência, acho eu, duraram mais do que as do Sartre. O dele ainda é um modelo de engajamento a ser seguido.
Numa entrevista publicada na “Les Nouvelles Littéraires” em 1951, ele qualifica a conclusão, representada no mito de Sísifo e o eterno retorno da sua pedra, de que a condição humana é um absurdo inescapável. Diz Camus: “Nada realmente tem sentido? Nunca acreditei nisso. Enquanto escrevia ‘O mito de Sísifo’ eu já pensava no ensaio sobre a revolta que escreveria em seguida.”
O ensaio citado pelo autor é o livro “O homem revoltado”, uma receita para que a vida faça sentido, na revolta contra a injustiça.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
De volta ao VOX!
15 anos depois daquele 1998 conturbado, volto a tocar no VOX!
Achei que ia dar tempo e ânimo de postar coisas legais aqui, mas a divulga ficou pronta em cima da hora.
Mas a noite vai ser boa e de tudo vai rolar (menos B.B. King).
Achei que ia dar tempo e ânimo de postar coisas legais aqui, mas a divulga ficou pronta em cima da hora.
Mas a noite vai ser boa e de tudo vai rolar (menos B.B. King).
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Audac, o disco!
Hoje ouvi o disco do Audac gravado em Floripa com o Gordon Raphael na produção. Esse trabalho está sendo lançado hoje à noite, num show no James... As canções que eu conheço na maioria, não mudaram muito das outras versões, mas a emoção de ouvir isso do jeito ficou é muito, muito forte.
Sobre o som em si, não posso falar muito ainda pois os falantes desse meu laptop acer podre são bem low-fi.Mas parece bom, em especial nos ecos e posicionamentos das vozes e guitarras. Tudo soa mais cru e presente.
O Prelúdio é mar, ondas de synth oitentistas, daí entra Disstress e dá uma vontade de vazar como uma maré de coisas ruins indo embora devagar. Dark Side vai impondo a estética dos opostos, e a gente meio que nota uma presença de Robert Smith aqui e ali.
A novidade mesmo é a canção seguinte, Brian May Coin. Eu tento entender a letra enquanto percebo que não imaginava que a voz da Debora podia ser tão certeira entre o falsete e o grave na volta do refrão.
Real Painkiller volta com Cure. Aliás, Cure e New Order estão por toda parte. Foi a primeira canção que conheci deles há um par de anos no Blues Velvet... Mais peso dessa vez. A guitarra disputa a linha com o synth. Em espirit eles flertam com o etéreo meio Vini Reilly. The Bow River com trêmulo parece uma suave corredeira, com os timbres de bateria emprestando um brilho extra ao refrão folk.
E pra fechar o trabalho, em Back to the Future, eles voltam à praia meio que vindo por um rio... “the river and the sea / the silver and the gray becomes one…” A tempestade está vindo, elas cantam com uma calma incontida. A tempestade vem eu sei, mas não nesse disco. Nesse disco a gente sente aquele ar pesado, abafado, de antes de chuva. Um vento meio que mudando de direção. Deveríamos procurar abrigo se existisse.
A tempestade vem mesmo, mas pelo menos temos um aviso.
Valeu!
http://www.audacmusic.com/
Sobre o som em si, não posso falar muito ainda pois os falantes desse meu laptop acer podre são bem low-fi.Mas parece bom, em especial nos ecos e posicionamentos das vozes e guitarras. Tudo soa mais cru e presente.
O Prelúdio é mar, ondas de synth oitentistas, daí entra Disstress e dá uma vontade de vazar como uma maré de coisas ruins indo embora devagar. Dark Side vai impondo a estética dos opostos, e a gente meio que nota uma presença de Robert Smith aqui e ali.
A novidade mesmo é a canção seguinte, Brian May Coin. Eu tento entender a letra enquanto percebo que não imaginava que a voz da Debora podia ser tão certeira entre o falsete e o grave na volta do refrão.
Real Painkiller volta com Cure. Aliás, Cure e New Order estão por toda parte. Foi a primeira canção que conheci deles há um par de anos no Blues Velvet... Mais peso dessa vez. A guitarra disputa a linha com o synth. Em espirit eles flertam com o etéreo meio Vini Reilly. The Bow River com trêmulo parece uma suave corredeira, com os timbres de bateria emprestando um brilho extra ao refrão folk.
E pra fechar o trabalho, em Back to the Future, eles voltam à praia meio que vindo por um rio... “the river and the sea / the silver and the gray becomes one…” A tempestade está vindo, elas cantam com uma calma incontida. A tempestade vem eu sei, mas não nesse disco. Nesse disco a gente sente aquele ar pesado, abafado, de antes de chuva. Um vento meio que mudando de direção. Deveríamos procurar abrigo se existisse.
A tempestade vem mesmo, mas pelo menos temos um aviso.
Valeu!
http://www.audacmusic.com/
terça-feira, 23 de abril de 2013
Cadu Amaral: Em nome do Pai
Reproduzido do Blog do Cadu Amaral: http://caduamaral.blogspot.com.br/
Querem transformar o Brasil em um estado teocrático. A mistura entre religião e política há um bom tempo que rende debates acalorados. Após a ascensão de Marco Feliciano (PSC/SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara dos Deputados, aumentou-se o fervor dessa discussão. A edição 745 de CartaCapital, em reportagem de Willian Vieira e Rodrigo Martins, mostra bem a tática de igrejas evangélicas para dominar a política brasileira.
Estão sendo criadas em todo o país Frentes Parlamentares de Evangélico (FPE's), em câmaras municipais e Assembleias Legislativas. Essas FPE's são organizadas pela Associação de Parlamentares Evangélicos do Brasil (Apeb). Na pauta sempre a defesa de posições que negam conquistas históricas em nossa sociedade. As Frentes defendem a submissão da mulher ao marido, perseguição a homossexuais e maior criminalização do aborto, seja em que circunstância for.
Essas FPE's abrangem todos os partidos políticos.
As bancadas evangélicas já aprovaram Brasil afora leis como a obrigação do uso de calcinha por parte das mulheres em casamentos (Vila Velha/ES); obrigação da execução do Pai Nosso e escola públicas (Ilhéus/BA) e leitura de trechos da Bíblia antes das sessões legislativas na Câmara Municipal de Passo Fundo/RS. Em São Paulo o culto evangélico tornou-se “patrimônio imaterial da cidade”. Além de bizarrices já conhecidas como o dia do orgulho hétero.
Até a obrigação de municípios e estados pagarem por festas evangélicas as tais frentes já conseguiram por aí.
Cabe ressaltar que sempre quando conveniente a Igreja Católica se une às evangélicas.
Sempre quando se discute a intromissão da religião na política, se confunde com ataque à fé das pessoas. Fé é uma questão de foro íntimo e assim deve permanecer. Essa discussão precisa ser feita de forma firme e madura no sentido de defender o Estado laico. O Estado teocrático como a mistura fé/religião e política constrói leva ao totalitarismo.
Na Idade Média política e religião eram praticamente a mesma coisa. Não é à toa que esse período é chamado de “Idade das Trevas”. Um sem números de mulheres foram assassinadas em nome de Deus. Cientistas também. Na verdade, qualquer um que se opusesse ao poder clerical, mesmo tendo fé em Deus, era logo morto em nome Dele.
O escamoteamento dessa discussão deixa nossas Instituições à mercê do poderio crescente das igrejas. A eleição presidencial de 2010 parecia uma disputa para um feudo qualquer na Idade Média e não para a Presidência da República, em um país que não viveu o período medieval, em pleno século 21.
André Ricardo Souza, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), entrevistado na reportagem, não acredita que a intenção de se construir um Estado teocrático tenha êxito. Para a existência de vários partidos nessas frentes evangélicas dificulta as concentrações de votos, além da maior distribuição de renda existente no país, o que aumenta a autonomia das pessoas em relação às igrejas.
Se os objetivos desses evangélicos – que se alinham quase sempre com os católicos – conforme foi exposto na matéria de CartaCapital se concretizar, fatalmente o Brasil viverá seu período de trevas. Podem rasgar as leis e a Constituição. Valerá a torpe interpretação bíblica para satisfazer um dos maiores anseios mundanos, mas sempre em nome de Deus: o poder.
Querem transformar o Brasil em um estado teocrático. A mistura entre religião e política há um bom tempo que rende debates acalorados. Após a ascensão de Marco Feliciano (PSC/SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara dos Deputados, aumentou-se o fervor dessa discussão. A edição 745 de CartaCapital, em reportagem de Willian Vieira e Rodrigo Martins, mostra bem a tática de igrejas evangélicas para dominar a política brasileira.
Estão sendo criadas em todo o país Frentes Parlamentares de Evangélico (FPE's), em câmaras municipais e Assembleias Legislativas. Essas FPE's são organizadas pela Associação de Parlamentares Evangélicos do Brasil (Apeb). Na pauta sempre a defesa de posições que negam conquistas históricas em nossa sociedade. As Frentes defendem a submissão da mulher ao marido, perseguição a homossexuais e maior criminalização do aborto, seja em que circunstância for.
Essas FPE's abrangem todos os partidos políticos.
As bancadas evangélicas já aprovaram Brasil afora leis como a obrigação do uso de calcinha por parte das mulheres em casamentos (Vila Velha/ES); obrigação da execução do Pai Nosso e escola públicas (Ilhéus/BA) e leitura de trechos da Bíblia antes das sessões legislativas na Câmara Municipal de Passo Fundo/RS. Em São Paulo o culto evangélico tornou-se “patrimônio imaterial da cidade”. Além de bizarrices já conhecidas como o dia do orgulho hétero.
Até a obrigação de municípios e estados pagarem por festas evangélicas as tais frentes já conseguiram por aí.
Cabe ressaltar que sempre quando conveniente a Igreja Católica se une às evangélicas.
Sempre quando se discute a intromissão da religião na política, se confunde com ataque à fé das pessoas. Fé é uma questão de foro íntimo e assim deve permanecer. Essa discussão precisa ser feita de forma firme e madura no sentido de defender o Estado laico. O Estado teocrático como a mistura fé/religião e política constrói leva ao totalitarismo.
Na Idade Média política e religião eram praticamente a mesma coisa. Não é à toa que esse período é chamado de “Idade das Trevas”. Um sem números de mulheres foram assassinadas em nome de Deus. Cientistas também. Na verdade, qualquer um que se opusesse ao poder clerical, mesmo tendo fé em Deus, era logo morto em nome Dele.
O escamoteamento dessa discussão deixa nossas Instituições à mercê do poderio crescente das igrejas. A eleição presidencial de 2010 parecia uma disputa para um feudo qualquer na Idade Média e não para a Presidência da República, em um país que não viveu o período medieval, em pleno século 21.
André Ricardo Souza, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), entrevistado na reportagem, não acredita que a intenção de se construir um Estado teocrático tenha êxito. Para a existência de vários partidos nessas frentes evangélicas dificulta as concentrações de votos, além da maior distribuição de renda existente no país, o que aumenta a autonomia das pessoas em relação às igrejas.
Se os objetivos desses evangélicos – que se alinham quase sempre com os católicos – conforme foi exposto na matéria de CartaCapital se concretizar, fatalmente o Brasil viverá seu período de trevas. Podem rasgar as leis e a Constituição. Valerá a torpe interpretação bíblica para satisfazer um dos maiores anseios mundanos, mas sempre em nome de Deus: o poder.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Crossdresser Laerte se assume como Cartunista
Um dos mais famosos, icônicos e geniais crossdressers do Brasil, Laerte Coutinho, que possui uma respeitável trajetória na arte de se vestir como mulher e vem se dedicando à luta pelo direito de todo homem poder se parecer com suas tias, tem provocado frescura na mídia nacional ao declarar-se como praticante do cartunismo. Ainda uma tendência pouco compreendida em nosso país, o cartunismo é muitas vezes confundido com uma prática diversa, o chargismo. Para a maioria dos brasileiros, ambos são coisa de artistas (esses indivíduos vagabundos e perturbados psicologicamente), diferentemente do caricaturismo, em que verdadeiros profissionais, de reputação ilibada, ganham a vida diante dos olhos de toda a sociedade, durante feiras e exposições – muitos pais até mesmo deixam que seus filhos sejam desenhados por eles. As primeiras pistas de que Laerte seria adepto do cartunismo apareceram em uma entrevista no programa “Roda em Carne Viva” da TV Cultura, onde ele foi sutilmente questionado sobre suas preferências humorísticas. O caricaturista oficial da atração, Paulo Caruso, deu então uma “cutucada” com bico de pena em Laerte, ao retratá-lo em meio a um suspeito grupo de piratas quadrinísticos, supostamente criados por ele. Sentado de pernas abertas, o crossdresser parecia dizer: “Não tenho mais saco pra esse tipo de insinuação”. Mas foi durante uma tarde de compras na tradicional Livraria Cultura que tudo ficou evidente: Laerte usava o banheiro destinado a artistas gráficos quando foi criticado por algumas velhinhas designers de cabelo roxo, que se sentiram ultrajadas pela sua presença. Forçado pela gerência da loja a usar o banheiro de pessoas sem talento artístico, ele considera processar o estabelecimento, alegando haver desenhado um clássico e estético pênis jorrante na porta do sanitário. O incidente parece ter sido um divisor de bolas para Laerte, que agora não sai de casa sem as unhas pintadas de nanquim, um lápis 9B atrás da orelha e farelo de borracha no vestido de brechó. E, nem bem os brasileiros se acostumaram com a nova fase de Laerte, surgem rumores de que o conceituado fumante de maconha Angeli também seria praticante do cartunismo. Sinal dos tempos…
Twitter: @ForadoBeico
facebook.com/foradobeico
http://foradobeico.tumblr.com/
terça-feira, 16 de abril de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
DeFalla: o show do ano em Curitiba? Façam suas apostas!
Se a preguiça não me matar, vou terminar um texto falando sobre o acontecido. Mas acho que esse vídeo meio que é autoexplicativo.
É REPELENTE!
O vídeo foi gravado pelo jornalista Marcos Anubis do site Cwb Live, está no canal http://www.youtube.com/cwblive. Eles fizeram uma baita cobertura e tem vários vídeos lá.
É REPELENTE!
O vídeo foi gravado pelo jornalista Marcos Anubis do site Cwb Live, está no canal http://www.youtube.com/cwblive. Eles fizeram uma baita cobertura e tem vários vídeos lá.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Escher vem ao MON!
O Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe dia 11 de abril, quinta-feira, a mais completa exposição já realizada no Brasil dedicada ao artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher (1898 – 1972). A mostra “A magia de Escher” reúne 85 obras, entre gravuras originais, desenhos e fac-símiles, incluindo todos os trabalhos mais conhecidos do artista. O acervo da coleção da Fundação Escher na Holanda estará distribuído nas salas 1 e 2 do museu até o dia 21 de julho. O horário para ver a exposição “A magia de Escher” será estendido até as 20 horas, de terça a sexta-feira. Devido ao controle de temperatura e umidade das salas para que não haja nenhum dano às obras, o acesso do público será controlado por senha.
A exposição permitirá que o público passe por uma série de experiências que desvendam os efeitos óticos e de espelhamento que Escher utilizava em seus trabalhos. Experiências como olhar por uma janela de uma casa e ver tudo em ordem e, em seguida, ver tudo flutuando por outra janela, ou ainda assistir um filme em 3D, que possibilitará um passeio por dentro das obras do artista. A expografia ainda apresentará animações de algumas das gravuras de Escher.
Há dois anos, quando foi exposta no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, a mostra foi declarada como a exposição mais visitada no mundo em 2011, segundo a The Art Newspaper, publicação especializada em artes e que todo ano faz levantamento das mostras mais prestigiadas.
De acordo com o curador Pieter Tjabbes, essa será a única oportunidade de apreciar tantas obras reunidas fora do museu. “As obras do Escher são muito raras e muito procuradas para exposições. Só existem três coleções no mundo”, diz o curador.
Escher
Escher ficou mundialmente famoso por representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses, padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes. Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com impressionantes efeitos de ilusões de ótica, com notável qualidade técnica e estética, respeitando as regras geométricas do desenho e da perspectiva.
Foi depois de uma incursão à Espanha, onde teve contato com mosaicos mouros que o artista foi estimulado a desenvolver trabalhos utilizando o preenchimento regular do plano. Escher achou muito interessante as formas como cada figura entrelaçava a outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Destacam-se também os trabalhos que exploram o ambiente. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, em um plano bidimensional, como a folha de papel. Com isso, ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas, paradoxos.
“Escher utilizava princípios da matemática sem ser rígido na sua aplicação. Ele seria mais um matemático amador, que aplicava certos efeitos quase intuitivamente. Há obras que mostram situações que parecem normais, mas com uma observação mais atenta, elas comprovam ser impossíveis. Elas são baseadas em modelos matemáticos como a cinta de Möbius ou o triângulo de Penrose”, explica Pieter. As obras “Belvedere” (1958), “Subir e descer” (1960) e “Cascata” (1961) são exemplos dessa aplicação.
Sobre as instalações interativas
Tudo na exposição foi pensado para que o público, de uma forma lúdica, atente para as dimensões visuais criadas por Escher. Um quebra-cabeça gigante, por exemplo, mostrará como ele se utilizava de imagens geométricas ou figurativas unindo-as umas às outras para criar gravuras que remetem ao infinito, comum em obras como em “Menor e Menor” (1956), o clássico “Dia e Noite” (1938) e “Metamorphosis II” (1940) onde o artista mostra como por meio de pequenas mudanças numa sequência é possível transformar uma imagem em outra.
Assim como Escher adorava brincar com a percepção imediata das pessoas, apresentando um mundo dos sonhos onde não existem direções certas, em cima ou embaixo, a mostra também recriará essa sensação ao utilizar alguns efeitos, como o de uma imagem plotada no chão que se completa no espelho curvado, em uma divertida mistura das três dimensões. “Adoramos o caos porque sentimos amor em produzir ordem”, dizia o artista.
Serviço: Exposição “A Magia de Escher”. De 11 de abril a 21 de julho de 2013. Salas 1 e 2. As salas terão controle de acesso. Terça a sexta-feira, das 10h às 20 horas. Sábado e domingo: das 10h às 18 horas. Ingressos: R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia-entrada). Primeiro domingo do mês: entrada gratuita. Primeira quinta-feira do mês: horário estendido até as 20 horas. Entre 18 e 20 horas entrada gratuita. Museu Oscar Niemeyer – Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico. Mais informações: (41) 3350- 4400
terça-feira, 9 de abril de 2013
Defalla e Ferryboat em noite de travessia
Jokers abriga noite de festa com show histórico, lançamento de novo selo curitibano e estreia em disco. Retorno da banda gaúcha promete atrair muitos fãs.
O músico, compositor e produtor Luiz Ferreira foi fundador de três bandas seminais da música paranaense – Contrabanda, Beijo AA Força e Maxixe Machine. Após 33 anos na estrada, resolveu realizar aquilo que pode ser chamado de um projeto pessoal. Uma verdadeira travessia.
Ferryboat
O resultado da empreitada é a banda Ferryboat. Ferreira teve a ideia do nome para o novo projeto devido ao primeiro registro ter sido gravado no litoral, para onde o músico deslocou equipamentos de estúdio, instrumentos e os demais integrantes. Para a gravação, convidou os experientes Carlos Alberto Lins (Opinião Pública, Gruvox, Maxixe Machine) e Rolando Castelo Júnior (Aeroblus, Made in Brazil, Patrulha do Espaço) que assumiram baixo e bateria, respectivamente. Ferreira lidera o time nas guitarras e vozes. Assim nasceu o álbum de estreia Dez Dias na Praia, que tem seu lançamento nesta noite de sexta. Já para o show, o Ferryboat mudou a tripulação, deslocando o multi-instrumentista Carlos Alberto para a bateria e convocando Angelo Stopraro (Macumbaria) para o baixo.
Defalla a todo vapor, DJ consagrado e novo selo incrementam a festa
Não param na nova banda as novidades que Ferreira apresenta nesta sexta no Jokers Pub. Além do novo grupo, está lançando seu próprio selo/gravadora, a StereoToaster Records, e convidando para a noitada ninguém menos que seus velhos amigos do Defalla e o DJ Ivanovick.
Defalla
A cultuada banda gaúcha realiza uma travessia ao contrário, voltando com sua formação clássica, dos dois primeiros álbuns (Papaparty, 1987; e It’s Fucking Boring to Death, 1988), com Edu K nos vocais, Castor Daudt na guitarra, Flávio Flu Santos no baixo e Biba Meira na bateria. O repertório do show inclui todos os temas destes dois álbuns iniciais e algumas canções do disco Kingsofbullshit (1992). O primeiro retorno se deu em São Paulo, em festa que reuniu a antiga banda de Ferreira - Beijo AA Força - e o Defalla, no Sesc Belenzinho, em 2011. Desde então os gaúchos vêm se apresentando esporadicamente, até que decidiram se reunir de vez para gravar algo novo, ainda este ano.
StereoToaster Records
Pode-se dizer que a StereoToaster Records é um passo adiante do site StereoToaster, onde Luiz Ferreira mantém há cinco anos músicas de todos os tempos de suas parcerias e produções, grande parte delas realizada na Grande Garagem que Grava, misto de estúdio, auditório e produtora que manteve de 2005 a 2011. São dezenas de álbuns para baixar, de forma gratuita e autorizada, no stereotoaster.com.br. O selo/gravadora, entretanto, pretende trabalhar com uma “carta” reduzida de artistas - três ou quatro no máximo - agilizando assim projetos e produções futuras, com a qualidade necessária.
Dj Ivanovick
Antes, nos intervalos e depois das bandas, o concorrido DJ Ivanovick (Festa Tirana) agita a pista de dança do Jokers.
Serviço:
Show com Defalla e Ferryboat
Pista: DJ Ivanovick
Data: 12 de abril, sexta.
Hora: 22 horas
Local: Jokers Pub (Rua São Francisco, 164)
Ingresso: R$40 (antecipados a R$20).
Informações: 3324-2251 / jokerspub.com.br.
Fotos: Divulgação
Assessoria: Ateliê de Redação (41 - 9982-0733)
O músico, compositor e produtor Luiz Ferreira foi fundador de três bandas seminais da música paranaense – Contrabanda, Beijo AA Força e Maxixe Machine. Após 33 anos na estrada, resolveu realizar aquilo que pode ser chamado de um projeto pessoal. Uma verdadeira travessia.
Ferryboat
O resultado da empreitada é a banda Ferryboat. Ferreira teve a ideia do nome para o novo projeto devido ao primeiro registro ter sido gravado no litoral, para onde o músico deslocou equipamentos de estúdio, instrumentos e os demais integrantes. Para a gravação, convidou os experientes Carlos Alberto Lins (Opinião Pública, Gruvox, Maxixe Machine) e Rolando Castelo Júnior (Aeroblus, Made in Brazil, Patrulha do Espaço) que assumiram baixo e bateria, respectivamente. Ferreira lidera o time nas guitarras e vozes. Assim nasceu o álbum de estreia Dez Dias na Praia, que tem seu lançamento nesta noite de sexta. Já para o show, o Ferryboat mudou a tripulação, deslocando o multi-instrumentista Carlos Alberto para a bateria e convocando Angelo Stopraro (Macumbaria) para o baixo.
Defalla a todo vapor, DJ consagrado e novo selo incrementam a festa
Não param na nova banda as novidades que Ferreira apresenta nesta sexta no Jokers Pub. Além do novo grupo, está lançando seu próprio selo/gravadora, a StereoToaster Records, e convidando para a noitada ninguém menos que seus velhos amigos do Defalla e o DJ Ivanovick.
Defalla
A cultuada banda gaúcha realiza uma travessia ao contrário, voltando com sua formação clássica, dos dois primeiros álbuns (Papaparty, 1987; e It’s Fucking Boring to Death, 1988), com Edu K nos vocais, Castor Daudt na guitarra, Flávio Flu Santos no baixo e Biba Meira na bateria. O repertório do show inclui todos os temas destes dois álbuns iniciais e algumas canções do disco Kingsofbullshit (1992). O primeiro retorno se deu em São Paulo, em festa que reuniu a antiga banda de Ferreira - Beijo AA Força - e o Defalla, no Sesc Belenzinho, em 2011. Desde então os gaúchos vêm se apresentando esporadicamente, até que decidiram se reunir de vez para gravar algo novo, ainda este ano.
StereoToaster Records
Pode-se dizer que a StereoToaster Records é um passo adiante do site StereoToaster, onde Luiz Ferreira mantém há cinco anos músicas de todos os tempos de suas parcerias e produções, grande parte delas realizada na Grande Garagem que Grava, misto de estúdio, auditório e produtora que manteve de 2005 a 2011. São dezenas de álbuns para baixar, de forma gratuita e autorizada, no stereotoaster.com.br. O selo/gravadora, entretanto, pretende trabalhar com uma “carta” reduzida de artistas - três ou quatro no máximo - agilizando assim projetos e produções futuras, com a qualidade necessária.
Dj Ivanovick
Antes, nos intervalos e depois das bandas, o concorrido DJ Ivanovick (Festa Tirana) agita a pista de dança do Jokers.
Serviço:
Show com Defalla e Ferryboat
Pista: DJ Ivanovick
Data: 12 de abril, sexta.
Hora: 22 horas
Local: Jokers Pub (Rua São Francisco, 164)
Ingresso: R$40 (antecipados a R$20).
Informações: 3324-2251 / jokerspub.com.br.
Fotos: Divulgação
Assessoria: Ateliê de Redação (41 - 9982-0733)
segunda-feira, 8 de abril de 2013
DeFalla + Farryboat + Dj Ivanovick (eu!) no Jokers, sexta dia 12/04
Esse é o tipo de coisa que a gente fica feliz só de imaginar: discotecar no show de umas das bandas mais importantes do rock nacional e, principalmente, da minha vida.
FESTA DE LANÇAMENTO DO SELO STEREO TOASTER
DEFALLA
Para o lançamento foi convidada a banda gaúcha DEFALLA, Com influências de hard rock, punk rock, funk, rap, heavy metal e outras misturas mais, o DEFALLA, de 1984, quebrou paradigmas e abriu espaço a uma geração de músicos e bandas, como Pavilhão 9, Ultramen, Patu Fu e Planet Hemp. O DEFALLA vem a Curitiba com a formação clássica que gravou seu premiadíssimo primeiro álbum, “Papaparty” (1987), base do repertório a ser apresentado no Jokers.
A todo vapor e preparando disco novo, vão apresentar as canções que marcaram sua trajetória.
Ouça e veja Defalla: olelemusic.com.br
FERRYBOAT
É o projeto solo do principal compositor musical da seminal banda oitentista curitibana BEIJO AA FORÇA, o guitarrista Luiz Ferreira.
A banda estreia lançando o cd 10 DIAS NA PRAIA, com referências blues, pop, rock e bossa. Uma edição de luxo, semi artesanal limitada a 300 exemplares produzido pelo selo Stereo Toaster.
A banda reúne três grandes nomes da música paranaense: Luiz Ferreira (Guitarra e voz); Carlos A. Lins (bateria) e Angelo Stopraro (Baixo).
Ouça e veja Ferryboat: rockferryboat.blogspot.com
www.stereotoaster.com.br
SERVIÇO:
Data: 12 de abril, sexta.
Hora: 22 horas
Local: Jokers Pub (Rua São Francisco, 164)
Ingresso: R$40 (primeiro lote de 150 ingressos antecipados a R$20).
Venda antecipada:
Jokers, R. São Francisco, 195
Lado B - R Inacio Lustosa, 517
Parangolé Café - R. Benjamin Constant, 400
Informações: 3324-2251
FESTA DE LANÇAMENTO DO SELO STEREO TOASTER
DEFALLA
Para o lançamento foi convidada a banda gaúcha DEFALLA, Com influências de hard rock, punk rock, funk, rap, heavy metal e outras misturas mais, o DEFALLA, de 1984, quebrou paradigmas e abriu espaço a uma geração de músicos e bandas, como Pavilhão 9, Ultramen, Patu Fu e Planet Hemp. O DEFALLA vem a Curitiba com a formação clássica que gravou seu premiadíssimo primeiro álbum, “Papaparty” (1987), base do repertório a ser apresentado no Jokers.
A todo vapor e preparando disco novo, vão apresentar as canções que marcaram sua trajetória.
Ouça e veja Defalla: olelemusic.com.br
FERRYBOAT
É o projeto solo do principal compositor musical da seminal banda oitentista curitibana BEIJO AA FORÇA, o guitarrista Luiz Ferreira.
A banda estreia lançando o cd 10 DIAS NA PRAIA, com referências blues, pop, rock e bossa. Uma edição de luxo, semi artesanal limitada a 300 exemplares produzido pelo selo Stereo Toaster.
A banda reúne três grandes nomes da música paranaense: Luiz Ferreira (Guitarra e voz); Carlos A. Lins (bateria) e Angelo Stopraro (Baixo).
Ouça e veja Ferryboat: rockferryboat.blogspot.com
www.stereotoaster.com.br
SERVIÇO:
Data: 12 de abril, sexta.
Hora: 22 horas
Local: Jokers Pub (Rua São Francisco, 164)
Ingresso: R$40 (primeiro lote de 150 ingressos antecipados a R$20).
Venda antecipada:
Jokers, R. São Francisco, 195
Lado B - R Inacio Lustosa, 517
Parangolé Café - R. Benjamin Constant, 400
Informações: 3324-2251
Audac lança clip para a música "Back to the future"
Fico até acanhado de comentar e elogiar o Audac, pois é uma banda de amigas e amigos mais que queridos. Então só falo para que vejam o clip e ouçam a canção, pois o nível poético que eles estão alcançando não é nada comum.
domingo, 7 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Por que a Monsanto é tão detestada?
Do Portal Vermelho.
“Queremos apenas um rótulo”, gritam os manifestantes que marcham em direção à Casa Branca. “Oitenta por cento dos alimentos num supermercado são produzidos com ingredientes geneticamente modificados. Mas essa informação não consta [nas embalagens]“, reclama Megan Westgate, chefe do projeto NONGMO e uma das organizadoras da manifestação em Washington.
“Queremos apenas um rótulo”, gritam os manifestantes que marcham em direção à Casa Branca. “Oitenta por cento dos alimentos num supermercado são produzidos com ingredientes geneticamente modificados. Mas essa informação não consta [nas embalagens]“, reclama Megan Westgate, chefe do projeto NONGMO e uma das organizadoras da manifestação em Washington.
Nos Estados Unidos, alimentos produzidos a partir de “organismos geneticamente modificados” – GMO, na sigla em inglês – não precisam trazer essa informação na embalagem.
A caminhada para a Casa Branca e a subsequente manifestação nos arredores do Parque Lafayette são o ponto alto da marcha Rigth2Know – “direito de saber”, em português. Um dos participantes é o alemão Joseph Wilhelm, fundador da rede orgânica Rapunzel. Ele já organizou duas marchas contra os transgênicos na Alemanha. “Fiz todo o caminho de Nova York a Washington a pé”, diz, orgulhoso, ao tirar os sapatos.
Na verdade, Wilhelm gostaria que a marcha tivesse um outro destino: a sede da Monsanto em Saint Louis, no estado do Missouri. Para ele, a empresa é “o símbolo do desenvolvimento de sementes geneticamente manipuladas”. Mas uma marcha até St. Louis chamaria pouca atenção para a questão da rotulagem dos alimentos transgênicos.
A centenária Monsanto foi refundada em 1997 como empresa agrícola. A história dela remonta a 1901. Ao seu passado pertence, entre outras coisas, a fabricação do agente laranja, o famigerado herbicida utilizado pelos militares americanos durante a Guerra do Vietnã. O agente laranja é considerado responsável por graves problemas de saúde de soldados americanos e vietnamitas.
Hoje a Monsanto se apresenta como empresa que desenvolve e vende apenas sementes e produtos agrícolas. Entre eles estão sementes de milho e de algodão resistentes a pragas, lançadas no mercado nos anos 1990.
No caso dessas sementes, “a própria planta produz o veneno”, diz Wilhelm. Quando a planta é utilizada para alimentar animais, que, por sua vez, são usados como alimentos por seres humanos, “ingere-se o veneno junto”, afirma. A carne de animais alimentados com produtos transgênicos não é rotulada na maioria dos países.
Outro tipo de produto são sementes, por exemplo de colza ou de soja, resistentes aos herbicidas da Monsanto, como o amplamente difundido Roundup. Esse herbicida mata todas as plantas do local onde é aplicado, exceto aquelas geneticamente modificadas pela Monsanto para serem resistentes a ele.
A Monsanto afirma que as sementes transgênicas não são prejudiciais à saúde. “Antes de serem colocadas no mercado, plantas biologicamente modificadas precisam ser submetidas a mais testes e exames do que outros produtos agrícolas” nos Estados Unidos, diz o porta-voz da Monsanto Europa, Mark Buckingham.
Nem todos têm a mesma opinião. “Quando vejo o sistema regulatório para plantas geneticamente modificadas, acredito que seja insuficiente”, considera Bill Freese, do Centro para Segurança Alimentar, uma organização sem fins lucrativos dos EUA que defende a agricultura sustentável.
Quando se modifica geneticamente uma planta, cria-se uma mutação, explica Freese. “A partir daí podem surgir defeitos: menor valor nutricional, toxinas em quantidade maior do que as naturalmente presentes, em quantidades pequenas e inofensivas, na planta ou até toxinas completamente novas.”
Manifestação anti-Monsanto
Um grande problema dos transgênicos, na sua opinião, são as alergias. Devido à falta de informação nos rótulos dos alimentos, o consumidor não tem como saber posteriormente o que pode ter causado uma reação alérgica.
O presidente do Instituto Millennium de Washington, Hans Rudolf Herren, também alerta para problemas de saúde provenientes de plantas geneticamente modificadas, especialmente porque, ao contrário das promessas de empresas como a Monsanto, em longo prazo cada vez mais veneno é necessário, afirma.
“Já não basta pulverizar uma vez, pulveriza-se duas vezes e com um verdadeiro coquetel de herbicidas”, diz. Segundo ele, isso ocorre porque as ervas daninhas se tornam resistentes ao veneno. Herren as chama de “superervas daninhas”.
A favor das sementes geneticamente modificadas usa-se muitas vezes o argumento da luta contra a fome. “Modificações genéticas oferecem a agricultores e consumidores uma ampla gama de possibilidades, impossíveis de serem alcançadas com outros meios”, diz Buckingham. Ele cita como exemplo a Índia, afirmando que a colheita de arroz aumentou de 300 quilos por hectare em 2002 para 524 quilos por hectare em 2009.
A ativista indiana Vandana Shiva, vencedora do Prêmio Nobel Alternativo, também participou dos protestos em Washington. Ela luta há anos contra a Monsanto e menciona o relatório O rei dos GMOs está nu, publicado por sua organização Navdanya International em outubro deste ano.
Segundo o documento, a Monsanto prometeria aos agricultores na Índia colheitas muito mais altas do que as citadas por Buckingham e não conseguiria manter essa promessa. Shiva diz que as sementes geneticamente modificadas não aumentaram as colheitas e que a afirmação de que menos químicos são necessários não é verdade.
As críticas concentram-se sobre a Monsanto, porque, segundo Shiva, “95% das sementes de algodão são controladas pela empresa, que possui contratos de licenciamento com 60 empresas de sementes indianas”. A própria Monsanto não divulga dados sobre a sua participação em mercados fora dos EUA.
Nos Estados Unidos, segundo a Monsanto, a empresa fornece cerca de um terço das sementes de milho e nove de cada dez campos de soja são cultivados com a tecnologia Roundup Ready, da Monsanto e suas licenciadas.
Como a semente da Monsanto é patenteada, os agricultores só podem utilizá-la para um plantio. Eles não podem reivindicar o direito de guardar uma parte da colheita como semente para o próximo ano, como se faz na agricultura tradicional. Por terem de comprar sementes caras todos os anos, argumenta Shiva, muito agricultores indianos estão altamente endividados. Ela diz que 250 mil fazendeiros se mataram na Índia por causa de dívidas. “A maioria desses suicídios ocorreu em áreas de cultivo de algodão”, diz.
Um estudo do Instituto Internacional de Pesquisa em Política Alimentar (IFPRI, na sigla em inglês) não conseguiu, porém, identificar uma relação direta entre o cultivo de algodão geneticamente modificado e os suicídios dos agricultores. De acordo com o estudo, houve de fato um aumento da colheita em várias partes da Índia por causa do algodão transgênico. Perdas na colheita – que também foram registradas – foram causadas por secas ou outras condições desfavoráveis.
“Informaremos às pessoas se seus alimentos são geneticamente modificados, pois os norte-americanos devem saber o que estão comprando”, prometera o então candidato à presidência dos EUA Barack Obama em 2007. Entretanto, até agora nada aconteceu nesse sentido.
A responsável pela análise e rotulagem de alimentos nos Estados Unidos é a Food and Drug Administration (FDA), mais especificamente o presidente da área de segurança alimentar. Em 2010, Obama designou um novo nome para o cargo: Michael R. Taylor. Um de seus empregos anteriores foi o de vice-presidente de políticas públicas da Monsanto.
Publicado, originalmente, na versão em português do site alemão DW
A caminhada para a Casa Branca e a subsequente manifestação nos arredores do Parque Lafayette são o ponto alto da marcha Rigth2Know – “direito de saber”, em português. Um dos participantes é o alemão Joseph Wilhelm, fundador da rede orgânica Rapunzel. Ele já organizou duas marchas contra os transgênicos na Alemanha. “Fiz todo o caminho de Nova York a Washington a pé”, diz, orgulhoso, ao tirar os sapatos.
Na verdade, Wilhelm gostaria que a marcha tivesse um outro destino: a sede da Monsanto em Saint Louis, no estado do Missouri. Para ele, a empresa é “o símbolo do desenvolvimento de sementes geneticamente manipuladas”. Mas uma marcha até St. Louis chamaria pouca atenção para a questão da rotulagem dos alimentos transgênicos.
A centenária Monsanto foi refundada em 1997 como empresa agrícola. A história dela remonta a 1901. Ao seu passado pertence, entre outras coisas, a fabricação do agente laranja, o famigerado herbicida utilizado pelos militares americanos durante a Guerra do Vietnã. O agente laranja é considerado responsável por graves problemas de saúde de soldados americanos e vietnamitas.
Hoje a Monsanto se apresenta como empresa que desenvolve e vende apenas sementes e produtos agrícolas. Entre eles estão sementes de milho e de algodão resistentes a pragas, lançadas no mercado nos anos 1990.
No caso dessas sementes, “a própria planta produz o veneno”, diz Wilhelm. Quando a planta é utilizada para alimentar animais, que, por sua vez, são usados como alimentos por seres humanos, “ingere-se o veneno junto”, afirma. A carne de animais alimentados com produtos transgênicos não é rotulada na maioria dos países.
Outro tipo de produto são sementes, por exemplo de colza ou de soja, resistentes aos herbicidas da Monsanto, como o amplamente difundido Roundup. Esse herbicida mata todas as plantas do local onde é aplicado, exceto aquelas geneticamente modificadas pela Monsanto para serem resistentes a ele.
A Monsanto afirma que as sementes transgênicas não são prejudiciais à saúde. “Antes de serem colocadas no mercado, plantas biologicamente modificadas precisam ser submetidas a mais testes e exames do que outros produtos agrícolas” nos Estados Unidos, diz o porta-voz da Monsanto Europa, Mark Buckingham.
Nem todos têm a mesma opinião. “Quando vejo o sistema regulatório para plantas geneticamente modificadas, acredito que seja insuficiente”, considera Bill Freese, do Centro para Segurança Alimentar, uma organização sem fins lucrativos dos EUA que defende a agricultura sustentável.
Quando se modifica geneticamente uma planta, cria-se uma mutação, explica Freese. “A partir daí podem surgir defeitos: menor valor nutricional, toxinas em quantidade maior do que as naturalmente presentes, em quantidades pequenas e inofensivas, na planta ou até toxinas completamente novas.”
Manifestação anti-Monsanto
Um grande problema dos transgênicos, na sua opinião, são as alergias. Devido à falta de informação nos rótulos dos alimentos, o consumidor não tem como saber posteriormente o que pode ter causado uma reação alérgica.
O presidente do Instituto Millennium de Washington, Hans Rudolf Herren, também alerta para problemas de saúde provenientes de plantas geneticamente modificadas, especialmente porque, ao contrário das promessas de empresas como a Monsanto, em longo prazo cada vez mais veneno é necessário, afirma.
“Já não basta pulverizar uma vez, pulveriza-se duas vezes e com um verdadeiro coquetel de herbicidas”, diz. Segundo ele, isso ocorre porque as ervas daninhas se tornam resistentes ao veneno. Herren as chama de “superervas daninhas”.
A favor das sementes geneticamente modificadas usa-se muitas vezes o argumento da luta contra a fome. “Modificações genéticas oferecem a agricultores e consumidores uma ampla gama de possibilidades, impossíveis de serem alcançadas com outros meios”, diz Buckingham. Ele cita como exemplo a Índia, afirmando que a colheita de arroz aumentou de 300 quilos por hectare em 2002 para 524 quilos por hectare em 2009.
A ativista indiana Vandana Shiva, vencedora do Prêmio Nobel Alternativo, também participou dos protestos em Washington. Ela luta há anos contra a Monsanto e menciona o relatório O rei dos GMOs está nu, publicado por sua organização Navdanya International em outubro deste ano.
Segundo o documento, a Monsanto prometeria aos agricultores na Índia colheitas muito mais altas do que as citadas por Buckingham e não conseguiria manter essa promessa. Shiva diz que as sementes geneticamente modificadas não aumentaram as colheitas e que a afirmação de que menos químicos são necessários não é verdade.
As críticas concentram-se sobre a Monsanto, porque, segundo Shiva, “95% das sementes de algodão são controladas pela empresa, que possui contratos de licenciamento com 60 empresas de sementes indianas”. A própria Monsanto não divulga dados sobre a sua participação em mercados fora dos EUA.
Nos Estados Unidos, segundo a Monsanto, a empresa fornece cerca de um terço das sementes de milho e nove de cada dez campos de soja são cultivados com a tecnologia Roundup Ready, da Monsanto e suas licenciadas.
Como a semente da Monsanto é patenteada, os agricultores só podem utilizá-la para um plantio. Eles não podem reivindicar o direito de guardar uma parte da colheita como semente para o próximo ano, como se faz na agricultura tradicional. Por terem de comprar sementes caras todos os anos, argumenta Shiva, muito agricultores indianos estão altamente endividados. Ela diz que 250 mil fazendeiros se mataram na Índia por causa de dívidas. “A maioria desses suicídios ocorreu em áreas de cultivo de algodão”, diz.
Um estudo do Instituto Internacional de Pesquisa em Política Alimentar (IFPRI, na sigla em inglês) não conseguiu, porém, identificar uma relação direta entre o cultivo de algodão geneticamente modificado e os suicídios dos agricultores. De acordo com o estudo, houve de fato um aumento da colheita em várias partes da Índia por causa do algodão transgênico. Perdas na colheita – que também foram registradas – foram causadas por secas ou outras condições desfavoráveis.
“Informaremos às pessoas se seus alimentos são geneticamente modificados, pois os norte-americanos devem saber o que estão comprando”, prometera o então candidato à presidência dos EUA Barack Obama em 2007. Entretanto, até agora nada aconteceu nesse sentido.
A responsável pela análise e rotulagem de alimentos nos Estados Unidos é a Food and Drug Administration (FDA), mais especificamente o presidente da área de segurança alimentar. Em 2010, Obama designou um novo nome para o cargo: Michael R. Taylor. Um de seus empregos anteriores foi o de vice-presidente de políticas públicas da Monsanto.
Publicado, originalmente, na versão em português do site alemão DW
terça-feira, 2 de abril de 2013
Johnny Marr: The Messenger
De: www.territoriodamusica.com
O ábum começa com "The Right Thing Right", um rock bem agitado e que já dá a tônica para o resto do disco: boas melodias, batidas simples, mas marcantes, riffs empolgantes e músicas agitadas. Em "I Want the Heartbeat", uma das melhores do disco, temos um rock bem cru e direto. "European Me" é a música que mais lembra sua fase dos Smiths, apesar de ter um toque mais moderno, que deve agradar bastante aos fãs da banda.
"The Messenger" tem uma levada bem 'Indie-Brit-Rock' e Johnny Marr consegue misturar tudo o que fez na sua carreira. Temos músicas mais Smiths, algumas mais Modest Mouse, algumas mais The Cribs e por aí vamos. E ele não se intimida com os vocais, e se sai muito bem no teste.
O disco segue com "Upstarts" e "Lockdown", até chegar na faixa título, que é uma das mais calmas, com backing vocals e efeitos que te fazem se lembrar vagamente de produções dos anos 80. Na sequência temos "Generate! Generate!", "Say Demesne" e "Sun and Moon" até chegar em "The Crack Up", que tem grande apelo rádiofonico e é muito divertida. Temos depois "New Town Velocity" e o disco acaba com "Word Starts Attack", que encerra o disco de forma parecida como começou, agitado e empolgante.
"The Messenger" é um belo disco de estréia na carreira solo de Johnny Marr e deve agradar não só a fãs da banda, mas fãs de rock em geral. Assista ao videoclipe da faixa título abaixo:
Muito tempo após o fim dos Smiths, Johnny Marr lança em 2013 "The Messenger". Embora não tenha ficado todo esse tempo parado, é o primeiro disco que Johnny assina sozinho e nele conseguimos ver que ele conseguiu condensar muito das suas influências e o que aprendeu em outros projetos.
O ábum começa com "The Right Thing Right", um rock bem agitado e que já dá a tônica para o resto do disco: boas melodias, batidas simples, mas marcantes, riffs empolgantes e músicas agitadas. Em "I Want the Heartbeat", uma das melhores do disco, temos um rock bem cru e direto. "European Me" é a música que mais lembra sua fase dos Smiths, apesar de ter um toque mais moderno, que deve agradar bastante aos fãs da banda.
"The Messenger" tem uma levada bem 'Indie-Brit-Rock' e Johnny Marr consegue misturar tudo o que fez na sua carreira. Temos músicas mais Smiths, algumas mais Modest Mouse, algumas mais The Cribs e por aí vamos. E ele não se intimida com os vocais, e se sai muito bem no teste.
O disco segue com "Upstarts" e "Lockdown", até chegar na faixa título, que é uma das mais calmas, com backing vocals e efeitos que te fazem se lembrar vagamente de produções dos anos 80. Na sequência temos "Generate! Generate!", "Say Demesne" e "Sun and Moon" até chegar em "The Crack Up", que tem grande apelo rádiofonico e é muito divertida. Temos depois "New Town Velocity" e o disco acaba com "Word Starts Attack", que encerra o disco de forma parecida como começou, agitado e empolgante.
"The Messenger" é um belo disco de estréia na carreira solo de Johnny Marr e deve agradar não só a fãs da banda, mas fãs de rock em geral. Assista ao videoclipe da faixa título abaixo:
Quem sabe até eu volto a escrever aqui...
A última postagem foi em novembro... Era sobre a virada da virada da virada...
De lá para cá aconteceu tanta coisa na minha vida, nos meus círculos e no mundo que, bem.... eu não escrevi aqui, mas lá no face e na vida a gente vai falando, né?
Mas eu sento falta desse blog que já foi bem frequentado (em número e qualidade), então vamos lá!
De: http://malvados.com.br/
De lá para cá aconteceu tanta coisa na minha vida, nos meus círculos e no mundo que, bem.... eu não escrevi aqui, mas lá no face e na vida a gente vai falando, né?
Mas eu sento falta desse blog que já foi bem frequentado (em número e qualidade), então vamos lá!
De: http://malvados.com.br/
terça-feira, 6 de novembro de 2012
E tem a Virada Cultural (só que não...)
O pessoal do Lolitas Coiffure e adjacências está fazendo sua própria virada, muito mais apropriada por sinal:
Virada Cultural Independente
Circuito dos Reis (da Trajano a Jaime Reis)
Em Parceria com Lisa Simpson Garage, Album Design Hits, Vinil Velho e Colete&Corselet
*10 de Novembro - Sabado - Palco Lavanderia
Lolitas Coiffure e Album , Trajano Reis 115 e 111.
13h - 19h - Bazar Vitrine na Calcada com
Lisa Simpson Agente Costura Colete&Corselet Lolitas Coiffure
13h - 15h So Vinil DJ's Set com
Vinil Velho - Skadrophenia Sound System
15h - 22h Palco Lavanderia Apresenta:
15h - Rocksteady City Firm
16h - Cavernoso Viñom
17h - Audac
18h - So Vinil DJ's Set com Só o Soul Salva!
19h - Cacique Revenge
20h - Uh La La !
21h - Giovanni Caruso e o Escambau
22h - So Vinil DJ's Set
*11 de Novembro - Domingo - Palco Garage
Lisa Simpson Garage, Jaime Reis 278
Programacao das 13h - 22h
- Des Filles Fantastiques
- Os Chuvas
- Dj Anaum
+ Jam Sessions durante toda a tarde
+ desfiles participativos - quem quiser pode dar carão
+ microfonagem de secadores de cabelo com Lolitas Coiffure
+ costuras na hora.
tudo na rua, gratis, Free for All !!!
Virada Cultural Independente
Circuito dos Reis (da Trajano a Jaime Reis)
Em Parceria com Lisa Simpson Garage, Album Design Hits, Vinil Velho e Colete&Corselet
*10 de Novembro - Sabado - Palco Lavanderia
Lolitas Coiffure e Album , Trajano Reis 115 e 111.
13h - 19h - Bazar Vitrine na Calcada com
Lisa Simpson Agente Costura Colete&Corselet Lolitas Coiffure
13h - 15h So Vinil DJ's Set com
Vinil Velho - Skadrophenia Sound System
15h - 22h Palco Lavanderia Apresenta:
15h - Rocksteady City Firm
16h - Cavernoso Viñom
17h - Audac
18h - So Vinil DJ's Set com Só o Soul Salva!
19h - Cacique Revenge
20h - Uh La La !
21h - Giovanni Caruso e o Escambau
22h - So Vinil DJ's Set
*11 de Novembro - Domingo - Palco Garage
Lisa Simpson Garage, Jaime Reis 278
Programacao das 13h - 22h
- Des Filles Fantastiques
- Os Chuvas
- Dj Anaum
+ Jam Sessions durante toda a tarde
+ desfiles participativos - quem quiser pode dar carão
+ microfonagem de secadores de cabelo com Lolitas Coiffure
+ costuras na hora.
tudo na rua, gratis, Free for All !!!
Lá vem a virada
Estou há mais de um mês sem escrever nada aqui... foi um período cheio de altos e baixos (gordos e magros). Mas a vida está melhorando e teremos virada cultural neste fim de semana. Como já opinei no facebook, bem fraquinha dessa vez, ainda assim com bastantes atrações apreciáveis, algumas imperdíveis. Vou fotografar e filmar o que puder. Então me aguardem.
Já nesta quarta-feira, tem Mistinguett Live na Casa Selvática. O Show está marcado para 19:30h e o ingresso custa só cincão inteira. Recomendo, mas estarei trabalhando. A Jo e sua banda fazem um som dançante e pesado, com fortes influências do pós-punk e do eletro. Vale muito conferir.
Até sábado tem uma porção de coisas legais, que se eu não tivesse que trabalhar adoraria ver quase todas. Para ver a programação completa acesse: http://www.correntecultural.com.br/programacao
Já nesta quarta-feira, tem Mistinguett Live na Casa Selvática. O Show está marcado para 19:30h e o ingresso custa só cincão inteira. Recomendo, mas estarei trabalhando. A Jo e sua banda fazem um som dançante e pesado, com fortes influências do pós-punk e do eletro. Vale muito conferir.
Até sábado tem uma porção de coisas legais, que se eu não tivesse que trabalhar adoraria ver quase todas. Para ver a programação completa acesse: http://www.correntecultural.com.br/programacao
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Curitiba não tem mar, mas tem bar... até na lua
A atração dos curitibanos pela boemia é propalada e reconhecida, principalmente pelos boêmios, claro. Segundo Paulo Leminski, beber seria uma questão de legítima defesa, mas para ele acabou por abreviar a vida. Seria legítima defesa da vida em si?
Mas bar não é só bebedeira ou autodestruição, é um espaço de socialização e de fuga ao mesmo tempo. Você se junta com uma porção de gente para sair da realidade, ou pelo menos para alcançar um novo ponto de vista sobre as coisas.
Mesmo que isso lhe renda um baita ressaca no dia seguinte, mas aí já é outro dia...
Bom, o Tatára é um figuraça, um lutador, um militante dessa cultura botequeira. Conheci ele e seu bar há uns dez anos, na época ficava nas Mercês. Hoje é no Água Verde. Ele diz que tem bar há 40 anos, não duvido.
Mistura de anfitrião e poeta louco, o coroa manda muito bem na simpatia e na criatividade. Abre espaço nas segundas para música autoral, reunindo um punhado respeitável de artistas amadores.
Dessa segunda autoral nasceu o espetáculo Juntando Gente, que eu filmei e fotografei semana passada no teatro do Portão Cultural. Abaixo o vídeo de Bar na Lua, uma espécie de hino do Tatára. Vida longa ao Bardo!
Mas bar não é só bebedeira ou autodestruição, é um espaço de socialização e de fuga ao mesmo tempo. Você se junta com uma porção de gente para sair da realidade, ou pelo menos para alcançar um novo ponto de vista sobre as coisas.
Mesmo que isso lhe renda um baita ressaca no dia seguinte, mas aí já é outro dia...
Bom, o Tatára é um figuraça, um lutador, um militante dessa cultura botequeira. Conheci ele e seu bar há uns dez anos, na época ficava nas Mercês. Hoje é no Água Verde. Ele diz que tem bar há 40 anos, não duvido.
Mistura de anfitrião e poeta louco, o coroa manda muito bem na simpatia e na criatividade. Abre espaço nas segundas para música autoral, reunindo um punhado respeitável de artistas amadores.
Dessa segunda autoral nasceu o espetáculo Juntando Gente, que eu filmei e fotografei semana passada no teatro do Portão Cultural. Abaixo o vídeo de Bar na Lua, uma espécie de hino do Tatára. Vida longa ao Bardo!
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Gegê Félix toca no Show Juntando Gente, do Bardo Tatára
Gegê Felix e banda tocando no espetáculo Juntando Gente, da segunda autoral do Bardo Tatára. As três músicas são de autoria do Gegê Félix: A 1ª é "Í 9", 2ª "Simples", 3ª "Ninho".
Banda: Gegê Félix - Violão, Thales Lemos - Bateria, Daniel Seifert - Baixo.
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