Tupã, Garibaldis, Ruínas e o fim da festa que nem começou

Agora é oficial. Quarta-feira da semana que vem, por volta da uma da tarde começa 2011. Sou eu quem digo, mas qualquer um pode comprovar. Basta entrar na padaria mais próxima e constatar que o sonho acabou, mas ainda tem chineque.

Esse período do natal ao carnaval meio que não existe. Mesmo para nós que estamos na capital mais provinciana ever (desculpe o anglicismo desnecessário). Particularmente, neste 2011 da graça, esse período mágico em que tudo fica devagar foi muito bom.

Vejamos, o bloco Garibaldis e Sacis tomou proporções jamais imaginadas, pelo menos por mim, alcançando destaque nacional e arrastando 97,3% dos beus abigos ladeira abaixo no Largo, domingo após domingo.

Tupã, o jornalista roqueiro do lendário Ídolos da Matinee assumiu a direção da Rádio Paraná Educativa e mostrou ao público, PASME! que existe música paranaense e que ela merece ser tocada no rádio. O resultado foi um desastre: milhares de pessoas de gosto duvidoso (duvido!) passaram a ouvir a rádio e achar isso ótimo.

Por fim, mas não menos importante, o festival Ruído nas Ruínas reuniu bandas ótimas e muita gente bonita, num fim de semana dos mais agradáveis desde a Virada Cultural do ano passado.

Mas aqui, tudo é ao contrário. Mesmo antes do carnaval as cinzas já estão lançadas. Tupã foi defenestrado da rádio, o Garibaldis só volta ano que vem e o Ruído nas Ruínas não sei... talvez em um ano ou dois aconteça novamente algo tão legal.

Como eu não sou daqui (marinheiro só) vou pra Santa Catarina salgar os ovos nas águas de Piçarras, pois não sou de ferro (se não enferrujava). Mas que é foda, ah isso é.