O Supremo Tribunal Federal está para decidir sobre a legalidade da união homoafetiva. Isso pode ser hoje, quinta-feira, 05 de maio de 2011. Coloco a data inteira por que seria um momento histórico, apesar do imenso atraso, seria uma bela conquista.
Boa parte da sociedade brasileira superou preconceitos e convive bem, respeitosamente, com as mais diversas orientações sexuais. Tomo por base os lugares onde discoteco. Quase não existe mais a segregação gay, pelo menos no cirquito alternativo.
Então o reconhecimento legal da união homoafetiva seria uma vitória, garantindo justiça em casos de herança, pensão, adoção, divisão de bens e tudo mais, assim como é para os casais héteros. Tardou, mas vem.
O irritante nessa história é os parlamentares (paralamentar) ditos “evangélicos”, como representantes das religiões cristãs evangélicas, se manifestarem contrariamente a esse tipo de decisão. Só tenho uma pergunta: QUEM ELES PENSAM QUE SÃO?
Usam a bíblia para evocar pretensas verdades que só causam ódio e sofrimento na sociedade. Consideram leis, preceitos judaicos estabelecidos há dois, três, quatro mil anos, que serviam para regular a convivência em sociedades tribais que vagavam pelo deserto que hoje chamamos de oriente médio.
São preceitos que serviam para um momento histórico específico, e muitos deles não fazem sentido. Ou será que os parlamentares evangélicos também acham que as mulheres são inferiores e se assemelham a serpentes, pois são fonte de “pecado”. Ou vão dizer que os porcos são imundos e de sua carne não devemos comer. Ou vão chegar ao cúmulo de se posicionar contrariamente às transfusões de sangue, como faz uma religião cristã, por que a bíblia proíbe que se “beba” sangue, num provável veto a rituais “pagãos” que incluíam sacrifícios humanos.
Prefiro eu, ficar com o que há de belo e de perene no grande livro judaico-cristão. Amar ao próximo, repartir o pão, não matar, não levantar falso testemunho... Me parece, inclusive, que se os preceitos fossem seguidos na hierarquia original, os principais prevaleceriam sobre os secundários, e os que hoje são fonte de injustiça e incompreensão seriam suprimidos.
Mas eu não sou cristão, apesar de simpatizar com as idéias de igualdade atribuídas ao barbudo, meio hippie, de olhos azuis. Aliás, uma de suas principais lições contidas na própria bíblia é a tolerância. Essa sim é uma necessidade divinamente humana.
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