segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Serra e Globo: um tucano depenado na tribuna da ditadura

Muito bom esse texto, via Vermelho e Jornal do Brasil.

José Serra, o Vasco da política, pois adora um vice-campeonato (não deve desanimar, porque Lula foi tri-vice e acabou chegando lá), usou, neste fim de semana, o jornal que tem nome de biscoito de praia pra cobrar de Dilma Rousseff grandes realizações em dois meses de governo.

Por Marcelo Migliaccio, no Jornal do Brasil

Com sua choradeira extemporânea, Serra mostra que ainda não assimilou a derrota nas urnas. Deve vagar à noite pela casa, arrastando correntes e dizendo: “No próximo debate eu viro o jogo. No próximo debate eu viro o jogo...”.

Além de perder para o "poste" com uma performance constrangedoramente mitômana nos debates, Serra ficou sem espaço no PSDB para Aécio Neves e até para o picolé de jiló que governa São Paulo. Aí, aparece a tribuna do golpe e do monopólio para dar voz ao zumbi político paulistano. Quem deu voz à ditadura militar não daria a Serra contra Dilma?

Se Satanás bater na porta da redação da Rua Irineu Marinho disposto a meter o pau no PT, a chefia imediatamente mandará descer um repórter e um fotógrafo com tridentes nas mãos e boné de chifrinho. E ainda vão dizer que foi coincidência, porque é Carnaval, coisa e tal...

E o tucano depenado veio com o seu trololó requentado. Falou em "rigor fiscal"... Rigor fiscal pra mim é festa black tie na sede da Receita Federal.

E o novo mínimo? Quando era oposição, o PT queria o mínimo estratosférico, diziam os governistas do PDS, PFL e depois do PSDB. Pois agora é o PSDB que assume o papel inconsequente. O problema é que o povo já mostrou gostar mais do mínimo petista do que daquele mínimo tucano.

Serra também falou em "herança maldita" deixada por Lula como razão para o "descontrole de gastos". Acho que a herança que o sapo barbudo deixou foi o descontrole tucano.

Nenhum comentário: