quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ana Caldas fez uma bela entrevista com Euclides Coelho de Souza, o Dadá e Adair Chevonicka

Do blog Teatro Político de Ana Carolina Caldas.

Euclides Coelho de Souza era um jovem estudante de Engenharia da Universidade Federal do Paraná em 1959 e já ocupava no Partido Comunista o cargo de Secretário da Juventude. Foi neste momento que o teatro entrou na sua vida. Tudo começou quando a advogada comunista, dra. Terezinha Garcia, lhe trouxe um recorte de jornal com a peça “Patria o Muerte”, sobre a Revolução Cubana – recém escrita no Rio de Janeiro por Oduvaldo Viana Filho, o Vianinha. Terezinha o convenceu a chamar a juventude “já metida em teatro” para encenar o texto em praça pública. De fato, Euclides arregimentou não só estudantes, como artistas e intelectuais que foram se integrando neste movimento que começou como Teatro do Povo em 1959, e depois, para se tornar independente da relação com o Partido Comunista se transformou na Sociedade de Arte Popular. Em 1961, inicia-se um momento mais institucionalizado do grupo, quando se integram a onda nacional dos Centros Populares de Cultura da Une que chegam ao fim com o Golpe Militar em 1964.

Euclides não era ator e pouco sabia do manejo dos bonecos que tempos depois o transformaram no conhecido titeriteiro “Dadá,” do Teatro de Bonecos Dadá. E o que poucos sabem é que o nome Dadá, que o tornou conhecido, era o apelido de Adair, sua esposa, que é personagem importante desta história. Desde a década de 1960 é sua parceira no mundo em que foram descobrindo, criando e recriando: o da Arte como instrumento de conscientização política, de formação e principalmente, neste caso, de realização dos seus sonhos pessoais.

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