quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ainda sobre o 92 Graus

Antes de tudo, vou falar que essa história do 92 Graus mobiliza uma galera. Os músicos principalmente. Não falo só dos profissionais, por que é bem difícil se profissionalizar como músico por aqui. Falo principalmente de uma legião que na juventude resolve montar uma banda, seja lá de que estilo, seja lá com qual habilidade, seja lá com qual senso estético.

Além dos músicos, que nesses 18 anos tiveram no 92 um espaço (por vezes o único) para experimentar e mostrar ao público o que faziam na garagem ou no estúdio podre alugado contando moedas; além deles, tem um contingente ainda maior de pessoas que recusam enlatados e pratos feitos e preferem músicas diferentes, com personalidade, alma.

Isso tudo por que o JR e o 92 abrem espaço para as bandas iniciantes e experimentais, além de trazer shows memoráveis que bandas cultuadas no Brasil e/ou mundialmente em condições de estrutura absolutamente desfavoráveis. Sem o JR, bandas como Man or Astro-man? Ou Fugazzi talvez nunca tivessem tocado em Curitiba.

Bueno, a matéria da Gazeta que eu postei ontem rendeu quase 200 visitas ao bolg. As pessoas sentem a perda do espaço pelo que ele representa para a Cultura, já parca e excludente de nossa cidade.

Seguimos acompanhando.

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