quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Se a volta da direita assusta no Chile, a Bolíva nos traz ânimo!

O triunfo de Evo

Por Natalia Viana, da Bolívia [Segunda-Feira, 8 de Fevereiro de 2010]

Pouco antes das eleições presidenciais de 6 de dezembro, caminhar por Santa Cruz de la Sierra, centro-leste da Bolívia, era testemunhar uma síntese do sentimento oposicionista. Pelas ruas da cidade, pichações contra o presidente Evo Morales enfeitavam os muros: “Evo ladrón”, “colla (indígena) maldito”. Mas nos escritórios da afluente elite agrícola, o tom era outro. “Não se pode criticar muito”, disse à reportagem Juan Carlos Quevedo, presidente da Unisoya, associação de produtores de soja do norte do departamento. Como ele, muitos dos agricultores que antes formavam o núcleo da ferrenha oposição preferiam dosar as críticas quando o gravador estava ligado.

Fato é que a oposição chegou enfraquecida às eleições e saiu delas humilhada. Morales – primeiro presidente indígena a governar um país onde 60% da população se diz indígena – arrebatou 63,4% dos votos dentre mais de 5,1 milhões de eleitores, recorde histórico de votantes inscritos. Além de vencer no primeiro turno, o partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) garantiu 2/3 tanto na Câmara de Deputados quanto no Senado. O segundo colocado, Manfred Reyes Villa, do Plano Progresso Bolívia-Convergência Nacional (PPB-CN), obteve 27,1% dos votos. Morales só perdeu, com pequena margem, em três dos nove departamentos – Beni, Pando e, claro, Santa Cruz.

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