terça-feira, 17 de julho de 2007

Um pouco de história

Os das antigas, que me encontraram pela noite, acompanharam e festaram nos lugares em que discotequei desde o fim dos anos 90. Foi mais ou menos assim:

Comecei no Cabaret Pagliacci, que era exatamente na frente de onde é o Wonka hoje. Lá, dividia a cabine do porão com o Amenus, Rodrigo, Sonderan, Rafael e mais um monte de gente legal que invariavelmente entupia a cabine.

Era um lugar muito divertido, onde tocaram várias bandas locais e nacionais. Rolava Pin Ups, Low Dream, Relespública, Tods, Swamps, Neo, Whir, Marigold, Zirigdun Pfóin, Bloom, e tantas outras que vou lembrando depois. Era uma cena predominantemente guitar, mas com espaço para outros sons do que se convencionou chamar “rock alternativo”, um saco de gatos que em comum acho que só tinha a criatividade das bandas (mas nem sempre).

Dali, fui pro DCE da PUC. Aquilo era tipo: a festa nunca termina. No começo foi embaçado, mas a gente achou o veio, e as festas de domingo(!!!) se tornaram famosas. A primeira festa foi num feriado (1° de maio do barulho) com 4 bandas. Deu tudo errado e foi ótimo. Como o espaço era grande, cabiam 700 pessoas, abrigou shows lendários como o do Fugazi, Mundo Livre, mais Pin Ups, Holly Tree, Magnéticoss, Brincando de Deus, Sleepwalkers, e por aí vai.

O Lugar era meio retrô, tinha umas luzes toscas no chão e uma máquina de fumaça muito legal. As festas de domingo começavam às 5 da tarde. Quando lembro, fica difícil de acreditar que aquilo funcionava. Lá discotequei com muita gente, mas a Marcinha Bley foi a mais legal por que se jogou de aprender, acho que ela toca até hoje por aí.

Depois disso fui estudar um pouco. É difícil fazer qualquer coisa mais séria quando se está na noite.

Um tempo depois bati no Vox e pedi emprego. Além de tocar uma música depois da outra, também sei preparam uns drinks, tipo, margueritas e pinas coladas. O Vox ainda não era de festas naquele tempo. Aliás, tava bem começando. Naquele começo meio devagar, tivemos idéia de fazer uma festa. Sugeri “Hang the Dj” como nome, para ser tipo anos 80 e tal. Mal sabia que vinha essa onda toda de revival. Pegou muito e o Vox passou a lotar. A festa rola até hoje com o mesmo nome, mas eu fiquei pouco tempo por lá. Não tinha como estudar trabalhando na noite.

O que é muito legal lembrar são umas noites no saudoso Dromedário (chegamos na Ieda!!!). Teve uma festa em que eu e a Márcia Bley tocamos, acho que era algo como “Beck to the 80’s”, assim mesmo, Beck, o cara. Idéia e produção da Ana Priscila (hoje no James). Ela fez um cartaz com os desenhos do game come-come. Foi muito legal. Lotou tanto que era impossível ir ao banheiro. Aliás, esse é um problema constante pra mim, dj cervejeiro.

Depois teve a despedida do Dromedário. Toquei duas sextas seguidas, fechando de vez o boteco. De novo lotou, de novo não conseguia ir ao banheiro.

Encontrei o Luciano (Luli) do James por esses dias e ele disse que eu fui o primeiro dj a tocar lá. Naquele tempo o James era menor e não rolava, assim, festas pra dançar... Bom, ser o primeiro eu concordo, mas chamar aquilo de tocar... Os aparelhos ficavam atrás do balcão, quase no chão, então eu sentei numa banqueta muito baixa e ninguém me via. Até que... bem...

Para constar, também teve 92, Circus, Toscos, 1250 (no show do Atari Teenage Riot). Até no Hangar eu toquei uma vez.

Também sou obrigado a mencionar as homéricas festas na minha casa, quando eu, a Ju, o Salem (Marginal), a Sara e o Gigio (às vezes) morávamos na Iguaçu. Era festa toda semana. Levava o computador e o som para a churrasqueira e rolava de tudo. Teve até festa de casamento (Iom e Mari). Muita gente, muito legal!

Fiquei fora do circuito algum tempo. Quando estudava na federal e ficava bebendo ali pela reitoria, encontrava a Ieda, e ela sempre dizia: “Quando você vai tocar no Wonka?” Agora estou tocando no Wonka e é muito legal.

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